tag:blogger.com,1999:blog-3158382895707075001.post8572636998543828333..comments2023-04-12T04:55:55.911-07:00Comments on Jornalistas Diplomados: Artigo na Carta Capital amplia debate sobre o diplomaGraça Filadelfohttp://www.blogger.com/profile/18025069958041678859noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-3158382895707075001.post-72313013841543038392009-07-02T07:33:19.245-07:002009-07-02T07:33:19.245-07:00Davi,
Um comentário como este feito por você enri...Davi,<br /><br />Um comentário como este feito por você enriquece o debate sobre o diploma dos jornalistas. Aguardo novas contribuições!!!<br /><br />Obrigada e abraços,<br />GraçaGraça Filadelfohttps://www.blogger.com/profile/18025069958041678859noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3158382895707075001.post-86036569322050956092009-06-30T09:21:29.862-07:002009-06-30T09:21:29.862-07:00Também entendo, como comenta a gestora do blog, qu...Também entendo, como comenta a gestora do blog, que as pessoas devem a si e aos outros um mínimo de coerência. Se essa professora é uma liberal, que ela assuma os valores associados a este ponto-de-vista. Que seja contra todas as reservas de mercado, todos os “cartórios”, que são, aliás, uma identidade nacional e muitas vezes aproximam nossa sociedade de algo monstruosamente indiano, baseado em castas e privilégios. <br />Exemplo de cartório no país não falta. Os conselhos profissionais, por exemplo, meio autarquia pública, meio associação privada, que protegem corporações do próprio interesse da sociedade, que até cobram impostos e são tudo menos republicanos (não são transparentes, não são públicos, etc.). Também me lembro da reserva de mercado dos médicos, que impõem sua intermediação – requisição, receita – para qualquer exame de diagnóstico, os mesmos médicos que impedem os seus colegas cubanos de trabalhar aqui no Brasil, mesmo nas cidades mais longínquas onde nenhum profissional brasileiro se disponha a por os pés. <br />Os exemplos são inúmeros, mas para voltar ao caso dessa diretora de faculdade que defende o fim da reserva de mercado dos jornalistas, aposto que ela certamente defende reserva de mercado de professores e funcionários das universidades para escolher reitores, muitas vezes descomprometidos com as grandes linhas políticas definidas pela população em seu voto. A reserva de mando transforma a universidade em não-universal, mas particular e lhes pertence.<br />Agora, se essa professora não é uma liberal, ao contrário, é uma petista ou se abriga em outras ideologias de esquerda, a contradição é total. Deveria acreditar no poder reformador do Estado e defender os segmentos organizados da sociedade, e desta forma não tem sentido que defenda a desorganização dos jornalistas, já que a formação é um ponto congregador de interesses.<br />Também sou crítico desses filósofos pós-modernos com suas ridículas categorias, como esse tal “capitalismo cognitivo” de que fala a professora e outras bobagens. Este ano li uma pesquisa americana segundo a qual as versões on-line dos grandes jornais americanos concentram mais leitores do que sua versão impressa, o que demonstra como é ingênuo o discurso redentor da internet. <br />Continuando, defendo a quebra de todos estes cartórios que engessam a sociedade brasileira, mas neste caso dos jornalistas, há uma questão grave: a desregulamentação do mercado de trabalho dos jornalistas contribui para aprofundar a democracia? Creio que não contribui, e ao contrário, enfraquece a tensão necessária entre donos de jornais e jornalistas, que estão, a cada edição, debatendo duramente o recorte da realidade que será colocado à disposição do público. <br />Neste caso, menos regulamentação significa o aumento de poder dos donos de jornais e, portanto, estreitamento do espaço público. Ao contrário de pluralizar o espaço público com acesso a novas vozes, o que deve ocorrer é a substituição da polifonia pela monofonia de uma certa classe, vez que a decisão do STF permite que os veículos até mesmo troquem seus profissionais de nível superior por pessoas sem qualquer formação, que certamente terão menos autonomia para contrapor o discurso oficial.Anonymousnoreply@blogger.com