terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Jornalista é torturado e acusa funcionários da Prefeitura Iguatu

O jornalista cearense Vicente Araújo acusa o chefe do gabinete da prefeitura de Iguatu (CE), Theognis Martins Florentino, de tortura e agressão contra ele e outros quatro homens que distribuíam panfletos noticiando uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra o prefeito Agenor Neto (PMDB), na última semana.

Vicente e as demais vítimas dizem que, além de Florentino, seguranças do prefeito e outros funcionários estariam entre os agressores. Todos negam a acusação, mas três dos suspeitos foram filmados, pelas câmaras de segurança da delegacia da cidade, junto com as vítimas horas antes das agressões. Entre eles é possível identificar o chefe da guarda municipal.

O jornalista, que trabalha para políticos da oposição, contou que o grupo foi abordado por oito homens por volta das 23h da última quinta-feira. De acordo com Vicente, ele e outra vítima foram espancados com capacetes, chutes e socos. Depois foram levados para um terreno baldio, a dez quilômetros do centro de Iguatu, onde foram novamente espancados. Vicente contou que o queimaram e urinaram em seu rosto, além de gravarem e tirarem fotos de toda a tortura.

Só neste mês é o segundo caso de agressão contra jornalistas no município. No dia 2 um radialista foi espancado em frente à rádio em que trabalha por ter noticiado a mesma denúncia do MP contra o prefeito da cidade. A Polícia município já ouviu as vítimas e os supostos agressores e deve concluir o inquérito em até 30 dias.

A Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Iguatu negou que o prefeito ou qualquer funcionário do órgão tenha envolvimento nas agressões. A prefeitura considera o caso uma “armação política” para “abafar” uma pesquisa do Ibope que revela alto índice de aprovação à gestão de Agenor Neto. De acordo com a secretaria, Florentino, apontado como um dos agressores, não estava na cidade no dia citado pelas vítimas. (Com informações da Folha de S.Paulo e O Povo).

Fonte: Portal Comunique-se


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ministério admite falha em comunicação interna sobre norma para registro de jornalistas

O Ministério do Trabalho e Emprego confirmou que houve falhas na comunicação interna sobre a norma para a emissão de registro para jornalistas. A orientação é de que jornalistas diplomados na área recebam a distinção “Jornalista Profissional” e os que não possuem graduação específica, “Jornalista/Decisão STF”, mas a norma não estava sendo seguida por todas as regionais do Trabalho. O Ministério informou que o problema deve ser resolvido até o final desta semana.

O órgão acatou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que em junho de 2009 derrubou a obrigatoriedade de diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Deste o início deste ano, o MTE passou a emitir registro para diplomados e não-diplomados na área.

A orientação oficial, no entanto, não estava sendo cumprida por algumas agências e gerências do Trabalho no interior de São Paulo. Em Sorocaba, apenas jornalistas com graduação na área conseguiam registro. Já em Adamantina, os pedidos podiam ser feitos, mas a emissão, tanto de diplomados como não-diplomados na área, não estava liberada.

Fonte: Portal Comunique-se (Texto de Izabela Vasconcelos)