quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Instalada frente parlamentar em defesa do diploma

Em ato contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de extinguir a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista, foi instalada quarta (23), na Câmara dos Deputados, uma Frente Parlamentar em defesa da exigência do diploma para o registro profissional. O STF aboliu o diploma para a atividade em junho deste ano.

Estiveram presentes, entre tantos parlamentares, a deputada Rebeca Garcia (foi ela quem teve a iniciativa de colher as assinaturas para constituir a Frente); o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murilo; os deputados Emiliano José e Paulo Pimenta e as deputadas Manuela D'Ávila e Lídice da Matta.


Em discurso na Câmara Federal, no mesmo dia, Emiliano José (PT-BA), também jornalista, disse que o STF decidiu "jogar na cesta do lixo" o diploma de mais de 80 mil profissionais de todo o País e condenar milhares de estudantes à indigência. "O STF revelou uma ignorância profunda em torno da profissão de jornalista. Confundiu o exercício da profissão com a liberdade de expressão, numa barafunda impressionante", criticou.


O deputado tem insistido ainda na necessidade da constituição de uma comissão destinada à formulação de uma nova lei de imprensa, já que a última foi extinta em abril por decisão do STF. Segundo ele, o presidente da Câmara, Michel Temer, tem à mão um ofício do líder da bancada do PT, deputado Cândido Vaccarezza, com essa solicitação. Para Emiliano, tanto a volta da exigência do diploma para o exercício da profissão quanto a lei de imprensa são questões essenciais para os jornalistas e para a sociedade brasileira.

sábado, 19 de setembro de 2009

Curso promete formar jornalista em 45 horas

Olha aí mais uma grave consequência da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em extinguir o diploma para o exercício da atividade jornalística. Segundo matéria do Portal Comunique-se, a empresa Cursos 24 Horas está anunciando treinamento para interessados em trabalhar com jornalismo na Internet.

Preste atenção no slogan - “Diploma não é necessário. Para trabalhar como Jornalista, faça um curso rápido”. O suposto treinamento dura 45 horas e custa R$ 40. Mesmo assim promete formar “um Cyber Repórter de sucesso”. Não precisa dizer que isso é um abuso porque qualquer pessoa, que tenha um pouco de senso, percebe a impossibilidade de preparar um profissional em apenas um mês e meio.

Ainda conforme o Comunique-se, o Sindicato dos Jornalistas do Ceará se manifestou. A entidade registra que “a queda da obrigatoriedade do diploma continua incentivando o surgimento de maus profissionais. Depois dos concursos sem exigência do diploma, agora há um site na internet oferecendo um curso completo de jornalismo on line em apenas 45 horas, ou seja, menos de dois dias corridos. Um verdadeiro curso caça-níqueis”.

O portal entrevistou o supervisor de atendimento da empresa, Luiz Henrique Campos. Ele defende o curso argumentando que os alunos formados “têm todas as condições para trabalhar com jornalismo on line”. Campos explica que existe um professor disponível para tirar todas as dúvidas e ressalta a facilidade do curso totalmente on line, que pode ser feito em qualquer horário, de qualquer lugar. Segundo ele, o curso existe desde 2003 e existem ex-alunos trabalhando na área. Principalmente agora que não precisa mais do diploma”.

No site, a empresa destaca velocidade, tempo real, hipertexto, interatividade e convergência de mídias como as principais características e tendências do jornalismo na internet, "que você vai conhecer e dominar no Curso de Jornalismo On Line". Boa piada!




terça-feira, 15 de setembro de 2009

Câmara realiza audiência pública sobre o diploma

A Câmara dos Deputados realiza nesta quinta (17/09), às 9h30, audiência pública sobre o diploma de Jornalismo, segundo matéria do Portal Comunique-se. A iniciativa é das comissões de Desenvolvimento Econômico e de Legislação Participativa. Vamos ver se desta vez os convidados aparecem.

Foram convidados para o debate o ministro do Trabalho, Carlos Lupi; o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes; o ministro do STF Marco Aurélio de Mello; o procurador regional da República da 3ª Região (São Paulo) André de Carvalho Ramos; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto; a coordenadora do curso de Comunicação Social da Universidade de Brasília (UnB), Dione Oliveira Moura; e o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Audiência pública no Senado é adiada

Está adiada a audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, que aconteceria nesta quinta (10), segundo matéria do Portal Comunique-se. O encontro iria debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/09, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), que propõe o retorno da exigência do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão.

De acordo com a CCJ, a audiência foi adiada a pedido do relator da PEC, senador Inácio Arruda (PcdoB/CE), que está fora de Brasília. A nova data ainda não está marcada, porém deve ser definida por Arruda e o senador Demóstenes Torres (DEM/GO), presidente da comissão.

A proposta deve passar por discussão no Senado e na Câmara, em dois turnos de votação, com a exigência do apoio de três quintos dos parlamentares para que a proposta seja aprovada. Uma Frente Parlamentar deverá ser instalada na Câmara, no próximo dia 16, com o objetivo de debater o diploma de jornalismo, entre outros temas relacionados com a imprensa.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Facamp extingue o curso de Jornalismo

A Facamp (Faculdades de Campinas), do interior de São Paulo, extinguiu o curso de Jornalismo oferecido desde 2002 pela instituição. De acordo com a direção da faculdade, a decisão foi motivada pelo fim da exigência de diploma de jornalismo para o exercício da profissão, medida aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mês de junho.

“A recente abolição da obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício dessa profissão impôs a reorientação dos cursos de jornalismo do Brasil”, afirma a nota distribuída aos alunos. A graduação em Jornalismo já foi retirada da página da instituição, que não abriu novas vagas para o vestibular 2010 na área. Apesar da decisão, as turmas atuais serão mantidas até a formação, em 2012.

No comunicado, a Facamp informou que pretende criar um curso pós-graduação em Jornalismo e ressaltou que continuará investindo na área. “A formação de jornalistas de alto nível comprometidos com o interesse público continua sendo um objetivo fundamental desta instituição de ensino”.

O curso oferecido pela faculdade chegou a obter o conceito 5 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) em 2006, o mais alto conferido pelo Ministério da Educação. Dados divulgados pelo MEC na segunda (31), apontam a Facamp como a 12º melhor instituição de ensino superior do Brasil.

A mensalidade da graduação em Jornalismo é de cerca de R$ 2 mil. A faculdade continua oferecendo graduações em Administração, Design, Direito, Economia, Engenharia da Produção, Propaganda e Marketing e Relações Internacionais.

Fonte: Portal Comunique-se

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Senador recua e apóia PEC que restitui diploma

O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), que inicialmente apoiou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou atrás e manifestou apoio, na segunda (31), à proposta de emenda à Constituição ( PEC 33/09) que torna novamente obrigatório diploma específico para o exercício da profissão de jornalista.

Ele disse que hoje entende a situação e percebe a necessidade de ser rediscutida. "Precisamos introduzir no ordenamento jurídico mais uma vez a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, ressalvadas todas as situações", afirmou.

Para Mesquita Júnior, a obrigatoriedade do diploma é um incentivo à busca do conhecimento formal, à educação. Já a extinção, segundo ele, estaria desestimulando tanto os alunos quanto escolas que oferecem cursos de Jornalismo.

O senador observou que, de acordo com o texto da PEC, especialistas em outras áreas são autorizados a atuarem na condição de colaboradores e aqueles que já possuírem registro profissional na área, mesmo sem ter o diploma, poderão continuar a exercer o jornalismo.

A PEC 33/09 foi apresentada pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) logo após a decisão do STF e é relatada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) pelo senador Inácio Arruda (PCdoB-CE).

Fonte: Agência Senado